Daniel Campos

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01/02/2016 - Fabulante

Como que saída dos cogumelos, com olhos de marmelo e cabelos amarelos, ela apareceu com um colar de joaninhas chorando por ter nascido sozinha. E, seguindo borboletas, coloridas e bem-feitas, foi logo engatinhando, e andando e tropeçando nas folhas caídas das árvores da vida que preenchiam o bosque encantado, que ficava entre o futuro e o passado. Ela conversava com os esquilos, respondia aos grilos, falava com os sabiás, comia ingá, jatobá, araçá... E ela foi crescendo e se desenvolvendo rapidamente, como se fosse mágica, ora criando asas e penas ora nadadeiras e escamas. Brilhava igual vagalume e cantava igual pássaro em dia santo. Tinha um encanto e uma predileção por fazer de qualquer lugar sua cama, sua casa. Sabia conquistar e se aninhar como ninguém. Quando menos se percebia, já fazia parte de outro alguém.


Comentários

02/02/2016, por Luisa Mendes:

Fabulante rs Adorei a palavra e o texto


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