10/07/2011 - Expressões...
É hora de abrir o coração, de abrir o jogo, de abrir os olhos a alguém. É hora de se deitar à sombra da bananeira e de agarrar seu sonho com unhas e dentes. É hora de arregaçar as mangas e ir armado até os dentes. É hora de jogar as cartas na mesa, de parar de andar feito barata tonta, de jogar um balde de água fria na situação. É hora de por as barbas de molho e de por mãos à obra. É hora de riscar do mapa e falar cobras e lagartos.
É hora de ficar com a faca e o queijo nas mãos, de parar de andar com a corda no pescoço e de dar com o nariz na porta. É hora de baixar a bola e de parar de bater na mesma tecla. É hora de colocar a cabeça de vez nas nuvens e de dar o braço a torcer. É hora de dar com a língua nos dentes, de dar o troco, de fazer um negócio da china. É hora de por os pontos nos is e de tirar a pulga detrás da orelha. É hora de uma mão lava a outra.
É hora de parar de engolir sapos, de impedir que o gato coma sua língua, de ir onde Judas perdeu as botas. É hora de tirar água do joelho, de tirar o cavalo da chuva, de tirar o time de campo. É hora de pendurar as botas, de pentear os macacos, de gritar a pleno pulmões. É hora de pensar na morte da bezerra, de tirar o pé da cova, de segurar vela. É hora de prometer mundos e fundos e procurar agulha no palheiro. É hora de virar casacas e voltar à vaca fria.
É hora de arrancar os cabelos, de chorar sobre o leite derramado, de fazer tudo com uma perna às costas. É hora de decidir se quer estar com mãos atadas ou a abanar. É hora de estar de tromba. É hora de fazer vista grossa, de fazer tempestade em copo d’água, de ir desta para melhor. É hora de lavar roupa suja, de meter os pés pelas mãos, de meter o rabo entre as pernas, de tirar a pedra do sapato.
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