Daniel Campos

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07/03/2010 - Eu te amo, mulher

Eu te amo, mulher. E não há como voltar atrás. Meu amor é ponte queimada, estrada acabada, palavra empenhada. Não há como escapar desse romance que começou capítulos atrás em outro livro. E por te amar assim sem negativas é que acho tolice colocar este amor em xeque. Amo não por pileque ou fetiche, amo como piche: de forma intensa, densa e propensa a agüentar seus pés tatuando meu corpo pela estrada afora.

Não existe separação ou qualquer coisa de fim em tudo isso. O sentimento em questão é água corrente correndo pros braços do oceano. E todo oceano é infinito. Estamos condenados à eternidade, a sentir saudade mesmo quando pertos um do outro. Essa é a realidade dos apaixonados. E nós temos o gene da paixão em nosso DNA. Atraímos-nos até quando nos repulsamos.

Eu te amo, mulher, numa curva oscilante e ascendente. Oscilante porque não há nada pior do que um amor estável, sem tribulações. E ascendente porque somente estrelas amam cadentes. Ah! Por este amor algemado, intimamente ligado eu lhe faço parte de mim. E assim, convido-a a um pacto. Um pacto de amar sempre em frente, sem olhar pra trás. Só assim amar-nos-emos de forma leve e explosiva, numa sucessão de amores efêmeros que decidiram não morrer.


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