Daniel Campos

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15/01/2014 - Eu Poesia

Escrever, escrever, escrever. Eis minha sina. Não há como fugir disso. Tenho compromisso com a Poesia. Esta seiva poética que corre em mim fala mais alto. Preciso transformar em linhas e versos o que sinto, vejo, imagino... Visto sentimentos com palavras. E, quando preciso, dispo-os com a nudez do silêncio. Algum deus-cupido me deu licença poética para escrever sangrando. Diante de uma página em branco, entrego-me. Viro-me do avesso. Sou sonho. Sou imaginação. Sou ilusão.

Sou escritor do que sou, do que nunca fui, do que queria ser. Sou a tinta do destino, de um destino desejado, manchando o papel. Escrevo como mensageiro do coração. A Poesia me leva, clareia, sustenta. Sou apenas um instrumento da Poesia, que se manifesta aos mais diferentes e longínquos olhares pelas minhas mãos. Sem escrever sou como pássaro que não abre asas, barco que não navega, boca que não beija... Escrevo apaixonado, pois a Poesia me faz e me quer assim.

Escrevo de olhos fechados. Escrevo na língua das estrelas. Escrevo sem medo. A Poesia me dá sua mão e vela por mim. Minha escrita me faz forte, me faz gigante, me faz vibrante e me faz quebrar a barreira do impossível. Essa escrivinhação que me acende e ascende é mágica em todos os sentidos. A Poesia me transforma no que realmente sou. Deixar de escrever é decretar a minha morte. Sou poema, sou romance, sou conto e conto-de-fada, sou prosa, sou palavra casando com palavra.


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