29/11/2009 - Estrelas de bytes
Não pense duas vezes: desligue o computador e vá se encontrar com o céu. Não, não digo que é chegada à hora de morrer. O que eu quero é que você vá se comunicar com esse teto ora celeste ora negro ora cinza que a todos cobre. Independentemente do que vá encontrar lá fora, vá. Como aqueles móbiles que enfeitam berços de bebês, brinque com sóis e asteróides dependurados e em constante movimento. Quero que os mire com atenção, observando seus passos, pensamentos e olhares.
Escute o que cometas, asteróides, marcianos e anjos têm a dizer. Mas atenção: a informação não vem pronta como na internet. É preciso que você a construa. Inspire, expire, respire. Deixe braços e pernas à vontade. Não é necessário lunetas, telescópios ou qualquer tipo de entorpecente para realizar essa tarefa. O céu fala. Mesmo sem trovões, o céu fala. Tente ouvir o choro contido no parto de uma estrela. Tente entender a angústia de um buraco negro. Tente espionar as conversas dos astronautas.
Se chover, terá a oportunidade das palavras espaciais caírem e escorrerem sobre você. Veja se consegue revelar o que há por trás das nuvens. Veja se consegue encontrar o quarto restante da lua. Veja se consegue descobrir o que acontece nos outros planetas. Faça esse exercício ao menos uma vez por semana. Tenho certeza de que em pouco tempo você estará conectado intimamente com astros e estrelas desse céu de bytes tão distante quão acessível.
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