05/11/2009 - Estou em Dubrovnik
Não vou nem para Maracangalha nem para a Tonga da Mironga do Kabuletê, mas para Dubrovnik. Com poesias feitas e por fazer na bagagem, vou à terra de grandes dramaturgos e poetas barrocos. Fui atraído pelo mistério, pela fonética, pela dramaticidade em torno do nome Dubrovnik, e também por causa das imponentes muralhas, da arquitetura com traços medievais e renascentistas, da vista para o Mar Adriático e do café de Dubrovnik.
Eu vou para a pérola do Adriático, para a cidade balneário, para a capital do condado de Dubrovnik-Neretva, enfim, vou para uma cidade costeira da Croácia. Vou me infiltrar nas histórias e lendas que alimentam seus quase 45 mil habitantes. Quero sentir o cheiro do Império Bizantino e os sons das Cruzadas que fizeram o lugar ser dominado pelas mãos da Itália, da Hungria, da Áustria, da Iugoslávia, da Alemanha, de Napoleão e da Croácia. São muitas Europas em um só lugar repleto de desníveis rochosos, ruas estreitas e muitos degraus.
Quero perder meus olhos nas telhas de terracota rosada dos edifícios da cidade antiga. Quero me salvar na Igreja de São Salvador e me prostar na Catedral da Assunção da Virgem. Quero tomar o Palácio de Sponza e me desvencilhar das horas no alto da Torre do Relógio. Quero me banhar na Fonte de Onofre e me internar no Teatro Marin Drzic. Quero aprender a cantar klapa, um tipo de canto à capela. E, ao lado da bem-amada quero me escurecer no cinema de Sloboda e ter com as estrelas no Forte Revelin ao som da Orquestra Sinfônica de Dubrovnik.
Se alguém perguntar por mim, estou em Dubrovnik.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.