06/02/2011 - Estorieta
As matilhas dos seus olhos vão me caçando milhas e milhas ao sul. Vamos correndo, se escondendo e se vendo como amor proibido do primogênito do sol com as filhas da lua azul. E no peito da gata blue um coração movido a pilha palpita, grita, triplica a emoção de um blues .
E pela trilha das ervilhas e tortilhas tudo se transforma em canção. Na canção de redondilhas que ganha o céu a partir do uivo dos lobos que a habitam, a incitam e volitam seus desejos de mulher numa partilha de pétalas carnívoras de bem ou mal me quer.
Corpo de mulher, espírito de lobo, uiva ao pé dos meus ouvidos, rasga o ar com seus sustenidos, abocanha-me ainda entontecido pelas suas pernas. Suas feras têm fome de alcatéia, dama de dramas, encena sua cena e devora a platéia minutos após sua estréia.
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