Daniel Campos

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04/10/2011 - Eduardo Matarazzo Suplicy

Suplicy. Tradicional e, ao mesmo tempo, contemporâneo. Suave nas notas iniciais e extraforte nas finais. Tipo exportação. Cultura permanente. Safra em movimento. Suas palavras têm aroma e sabor. Discursos encorpados que despertam e estimulam a criatividade e as atitudes alheias. Ideias e ideais que podem ser bebidos no café da manhã, após o almoço, numa roda de amigos ou solitariamente. Pensamentos que brotam, dão flores e lançam sementes como um bom pé de café. Presente nos barracos, nas casas do campo, nos palácios. Puro ou acompanhado, Suplicy é sempre uma boa pedida. Simples e sofisticado, faz parte do dia-a-dia de brancos e negros, de homens e mulheres, de jovens e idosos. Charme e elegância saborizados.

Matarazzo. A saga do mascate que virou conde. Integrante da família que se tornou sinônimo de riqueza e sucesso. Descendente dos industriais que reinventaram São Paulo. Sobrinho torto de Maysa, voz e coração pulsando forte em suas falas. Herdeiro de uma paixão tamanha e intensa. Transforma dramas sociais por meio da arte. Em seu caso, a arte da política, da comunicação, da guerra que trava com os cavaleiros da fome, da desigualdade, da discriminação. Fala firme e canta com uma força que se agiganta em sua aparência cândida e frágil. Canta seu canto de amor, seu canto de protesto, seu canto manifesto. O canto de um Matarazzo, que como um santo Francisco, renunciou ao luxo para dedicar sua vida e luta aos menos favorecidos.

Eduardo. O homem que sopra respostas ao vento, o pugilista, o pai, o romântico, o escritor, o fã de Cat Stevens, de Bob Dylan e de Racionais MC’s, a educação e o educador, o sambista, o senador, o petista, o autor da Renda Básica de Cidadania, o gentleman, o economista, o professor universitário, o menino, o avô, o doutor, a notícia, o compromisso, o porta-voz de milhões, o administrador de empresas, o palestrante, o sorriso longo, o cantor, o homem na estrada, o político convicto, o nobre e o povo, o brasileiro com sotaque italiano, o torcedor, o super-herói, o paulistano, o espelho, o intelectual, o abraço amigo, o militante, o humano, o corredor, a bandeira viva, o homem, o político e o sonhador de fino trato. Nome e sobrenomes, de direito e de fato.

Observação do autor: Enquanto não consigo votar em Suplicy para presidente do Brasil, voto nele no prêmio Congresso em Foco. Vote você também:
http://www.premiocongressoemfoco.com.br/Voto.aspx


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