03/01/2010 - Do mesmo amor
Eu quero um pouco e muito mais do mesmo amor. Do mesmo amor que há pelas ruas do meu corpo. Amor inocente, amor docente, amor de repente amor. Eu preciso da próxima fala, da próxima cena, do próximo capítulo desse amor. Nada de pausas ou de interrupções, que venha a continuidade da história. Uma história de muitas páginas e sem final. Amar é querer viver mais e mais páginas sem nunca se encontrar com o ponto derradeiro.
Eu quero um pouco e muito mais do mesmo amor. Amor que tem me dado todos os dias como prenda e oferenda. É vital tirar mais açúcar dessa moenda sentimental. Abuse da imaginação para criar o que já foi criado. Inspire-se no amor dos beija-flores, das jaguatiricas, das aranhas fulanas de tal. Redimensione as planilhas do coração, coloque mais versos na canção e reze pelo milagre da multiplicação.
Eu quero um pouco e muito mais do mesmo amor. Vamos de grão em grão até uma overdose de paixão. Eu quero um tsunami de sentimentos avançando pela nossa agenda. É fundamental parir um tempo neonatal. Aglutine. Some. Una. Seja muitas em uma só. Capriche no nó desse romance. Abasteça esse amor para que ela cresça, cresça, cresça um pouco e muito mais.
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