Daniel Campos

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29/04/2015 - Divirta-se

Roda seu corpo no meu como se roda-gigante fosse num parque de diversões. Viaja em meus trilhos levando ao menos um desejo em cada um dos seus milhares de vagões. Gira como se fosse de santo e joga feito capoeira debaixo do pé de aroeira. Bota quebranto no próprio espelho tamanho seu encanto guardando-se debaixo do manto da mãe senhora. Fala de suas vindas, suas bem-vindas, suas boas-vindas, jamais do seu ir, do seu ir embora. Escorrega pelas nuvens tapando os ouvidos ao tempo que ruge em busca da mulher-menina-moça que cora suas maçãs como se as manhãs nuas as trouxessem pitadas de rouge.


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