Daniel Campos

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20/01/2013 - Dia de São Sebastião

São Sebastião do meu Rio de Janeiro, eu estou aqui, bem aqui, pronto para conhecer Oxóssi guerreiro. Sou filho de Oxóssi, o grande caçador. Meu coração solitário depois da solidão da floresta encontrou um amor. Eu me cubro de verde, do verde de Oxóssi que colore o mar. Eu mato a minha sede nas rezas do meu padroeiro. Sou de Oxóssi e de Oxóssi é o meu cancioneiro.

Que a paixão por Iansã sopre o vento das minhas velas, a que queima iluminando o peito aberto de São Sebastião e a que vence as ondas velejando rumo às matas de Luanda. Se São Sebastião é carioca, o meu Rio de Janeiro invoca Oxóssi de Aruanda. Eu quero a fartura e a riqueza que Oxóssi traz, que Oxóssi dá. Para lá ou para cá, levo e me levo na flecha do meu orixá.

O meu coração é flechado como o de São Sebastião e a minha cabeça é morada de Oxóssi. Se eu entro na igreja, Oxóssi é quem está no altar. Se eu vou ao terreiro, São Sebastião se põe a rodar. O orixá me guia, o santo me alivia. Com o povo do Rio de Janeiro, eu vou me banhar nas águas de cheiro do meu santo flecheiro; eu vou me embrenhar nas matas do meu santo mateiro.


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