11/08/2012 - Desgraçada
É fato que me chama de ingrato, se faz de vítima a toda hora, até finge que chora e depois cospe no meu prato. Cara de pau não lhe falta. Amor de verdade nunca esteve na sua pauta. Amaldiçoa meu nome, não desgruda do meu sapato, deseja-me fome e coisa pior, trama pelas minhas costas, tem sempre uma resposta na ponta da língua, incomoda como íngua e ainda diz que gosta de mim. Sua ruindade parece não ter fim. E ainda me abraça só pra me trazer desgraça.
Fingida. Dissimulada. Bandida. Ladra. Rouba o meu tempo, a minha paciência. Manipula sentimento. Corrompe a inocência. Faz intriga. Causa briga. Tem olhar de seca pimenteira. Tudo o que toca murcha. Engasga de remorso. A consciência suja não lhe deixa dormir. Sua vida porca não lhe deixa sorrir. Vive para mentir. Amargurada. É pedra na estrada. Fecha caminhos. Atrapalha a alegria alheia. Tem um mundinho bem pequeno. Viúva negra solitária em sua teia de venenos.
Enche-se de grife para esconder seu coração vira-lata. Exibida. Vendida. Possessiva. Sua raiva mata. Quer a todo custo destruir a felicidade dos seus. Vazia de deus. Dá asco e susto. Assombração. Sombra e escuridão. Fonte de energia negativa. Condenada em toda e qualquer oitiva. Faz-se de santa, mas mexe com magia. Diz que encanta, mas causa mesmo é azia. Nutre o desespero, nutre o destempero, nutre o que ninguém quer. Pensa que é mulher, mas é abutre.
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