13/12/2015 - Deixados
Deixei na sua casa uma rosa amarela e uma carta com aquela letra que você não entende mas sabe tudo o que está dito e redito e bendito. Podia ter deixado um vestido, um pão amanhecido ou um cabrito, mas deixei uma rosa amarela bem na sua janela e uma carta daquelas difíceis de ler e esquecer. Deixei todas as partes dos meus amores nas asas dos condores que circundam o céu da sua casa. Deixei mentiras pelo jardim e verdades cá dentro de mim esperando você vir buscar. Deixei estradas abertas só para você passar. Deixei noites de luar polvilhadas de vagalumes e ciúmes. Deixei corações invisíveis por aí para você descobrir aos poucos. Deixei o mais louco dos meus mundos para você habitar, aquele que não tem regras e não sossega de amar a coisa amada.
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