13/11/2013 - Coraçãonismo
Que coração algum fique escondido. Que seja revelado o retrato de todo e qualquer coraçãozinho. Que os corações deixem os ninhos, as tocas, os becos, os quartos escuros. Que os corações caminhem livremente pelos olhos, sem medo da inocência ou da maledicência. Que os corações se alimentem de outros corações num canibalismo saudável. Que as constelações dos corações pequeninos e também dos grandes e grandiosos corações guiem e estampem nossos espíritos e nossos corpos por uma vida de apaixonamento.
Que coração algum morra antes de pulsar por amor. Que deixem de lado essa ideia de manter um ou um conjunto de corações em segredo. Que os corações possam cumprir, por completo, o roteiro do amor escrito sob medida para cada um deles. Que os corações se coloram de sentimento. Que haja, a todo e qualquer instante, doação e entrega de corações. Que os corações não se distanciem do sentido do coraçãonismo, que está sob risco de extinção. Que todo coração se revele, pois sempre terá amor que o vele.
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