Daniel Campos

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24/05/2012 - Conversando com Auxiliadora

Quando vier a dor, ò Auxiliadora me traga a certeza de que eu sou mais forte. Se eu chegar a cair pelo caminho, que eu olhe para o céu e encontre sua mão estendida. Cada vez que o inimigo me sondar, que ele me veja coberto com o seu manto. Toda vez que eu pensar em fraquejar, ò Auxiliadora me diga que ao seu lado não há lugar para os fracos. No momento em que a solidão falar mais alto, que eu possa escutar a sua voz. Que ao perder o chão eu possa conhecer suas asas.

Que mergulhado no mais intenso inverno eu possa sentir o cheiro de sua primavera. Que quando longe de casa eu faça da sua presença minhas paredes, meu teto. Faça-me aceitar que o que me reserva nem sempre é o que hoje eu tenho por predileto. E se um sonho meu der em nada, que seja porque o sonho, de fato, está mais adianta nessa mesma estrada. Ó Auxiliadora, que eu consiga percebê-la sempre presente, atrás, ao lado e à frente, auxiliando, cuidando e guiando a minha caminhada.

Sempre que quiser, ò Auxiliadora, meu corpo será seu andor e minha língua seu altar. Se eu falhar, por favor, que eu tenha outra chance de fazer tudo conforme seu agrado. Quando eu me confessar, que perdoe as pedras que eu não consegui transformar em estrelas. Que eu não fale, não olhe, não pense, ò Auxiliadora, sem que essas falas, esses olhares, esse pensamentos estejam a ti conectados. Que eu possa esvaziar minhas entranhas de tudo o que não lhe pertence. E cada vez que pronunciar o seu nome, que eu seja libertado.


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