Daniel Campos

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11/07/2014 - Conselhos sobre as dores do amor

Perdoe-me por não poder aquietar o que não lhe permite ter uma noite de sono sem interrupções por parte de pesadelos da infantilidade ou de atropelos da realidade. Trocando em miúdos, não sei como viver um amor sem sofrer. E, não me queira mal, mas ainda bem que não sei, pois o amor indolor, se existisse, não teria a menor graça. O amor precisa doer para ser bonito, para se grande, para ser inesquecível. Todo parto, dói. Toda metamorfose, dói. Toda ruptura, dói. Toda sangria, dói. E isso tudo é o amor. Portanto, não tenha medo de passar pelas dores do amor. Agradeça cada uma delas porque indicam a dinâmica do sentimento que lhe toma sem pedir por favor, com licença, por gentileza. O amor é o encontro dos interesses do corpo e da alma, e tais choques são dolorosos. O amor é sobreposição de vontades, e o empilhamento de paixões, à procura do encaixe perfeito, dói. O amor é a impotência diante do que pensa, sente e quer a criatura amada e isso causa dor. Salve as dores do amor. Salve os apaixonados doídos e condoídos. Salve os que amam transformando essas dores em motivos para viver de forma mais profunda o amor que nos inunda sem dó, fazendo dos ais suspiros e gemidos de morfina ou endorfina aos casais.


Comentários

11/07/2014, por Rafaela Almeida:

Daniel você toca a gente lá no fundo mexe com coisas que já estavam esquecidas Não pensei mais que pudesse ficar assim Você sabe das coisas É Se o amor não doesse não teria graça mesmo


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