17/09/2011 - Conan
No mundo das histórias em quadrinhos fui Tio Patinhas, fui Asterix, fui Conan. Além dos discos e dos livros, meu pai me emprestou seus gibis. As histórias do bárbaro da Ciméria sempre me seduziram. Uma literatura de fantasia que me conduzia pelos territórios da imaginação. Eram contos de espada e de feitiçaria, de violência e de poesia. Poesia heróica, construída entre o humano e o divino. Uma lenda com sangue correndo em suas veias. Página a página, naquele preto e branco, meus olhos se enchiam de magos, de demônios e de outras criaturas perdidas no tempo e em civilizações caídas no esquecimento. Pela coleção de quadrinhos de meu pai, fui me confrontando com a realidade que me açoitava.
Como Conan, nasci num campo de batalha. Como Conan, deixei minha tribo para vagar pelo mundo. Como Conan, lutei por ouro, mulheres e vinho. Como Conan, fui escravizado e me libertei. Como Conan, ataquei e defendi. Como Conan, conheci uma humanidade dominada pela burocracia, pela corrupção, pela libertinagem. Como Conan, abriguei um espírito selvagem. Como Conan, fui uma espécie de pirata da terra firme. Como Conan, enfrentei monstros, guerreiros e inimigos dimensionais. Como Conan, vivi um sem número de aventuras. Como Conan, me tornei rei de um mundo particular. Como Conan, tive um deus que pouco liga para o destino dos homens. Como Conan, por lutar pela ética, fui chamado de bárbaro.
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