17/08/2015 - Carne de cajá
Minha alma anda amarelo cajá como peito de sabiá. Meus braços têm traços de todos os espinhos que enfrentei para chegar às rosas que tanto beijei. Eu ando rico de natureza, pois todas as forças andam confluindo em mim de um jeito pra lá de tupiniquim. E eu, como passarim, esqueci do meu peso físico e cármico e voei longe, voei alto, voei pros braços de quem me chamou de seu. Por Deus, que as estrelas se apaguem todas de uma vez para que eu não ache o caminho de volta e fique perdido nesse amor doído. Deve estar inscrito em alguma escritura esquecida que amor que não dói não é amor. Minha alma anda ensolarada, guardado todo o seu exotismo, como carne de cajá. Quem há de ter coragem de provar? Que venha logo, que venha logo, pois se pode acabar.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.