16/01/2016 - Canto assim
Há quem cante no chuveiro. Quem cante pra espantar o mal. Quem cante para inventar um outro final. Quem cante de boca, de peito, de corpo inteiro. Quem cante na rua, no telhado, debaixo do coqueiro. Há quem cante afinado, compassado e que cante zumbido como num vespeiro. Há quem cante de amor e quem cante achando que é cantor, compositor, trovador... Há quem cante por dinheiro, por aplausos e por equilíbrio.
Eu canto, eu vibro, eu liro quando respiro a canção que vem de dentro como um unguento para o mal do silêncio. E muito silencio fazendo da quietude meu cio.
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