22/01/2014 - Cabeça de Vinícius
Vinícius de Moraes sempre foi meu poeta de cabeceira, por isso recomendo que você tenha sempre à mão um pouco dele para utilizar de forma homeopática ou com a intensidade de uma overdose. Assim como o filho de Xangô, ande por céus e mares vendo poetas e reis, com a certeza de que a vida chega sangrando aberta como uma pétala. Nasça amanhã, andando por onde ainda há espaço. Lembre-se de que “a mulher amada carrega o cetro”. Pergunte-se, sempre que necessário, “quem pagará o enterro e as flores se eu morrer de amores?”. Viva a receita do poetinha “De tudo ao meu amor serei atento”. Viva vinicianamente a vida como a arte do encontro. E atente-se para o fato de que “quem não pede perdão não é nunca perdoado”. Siga Vinícius, mesmo que nas pequenas coisas do dia a dia, para fazer valer o célebre “hei de morrer de amar mais do que pude”. E quando em silêncio aprenda a “viver cada segundo como nunca mais”. Ao ver o luar, tenha cuidado, porque deve andar perto uma mulher. Tenha para si que como cantou o capitão do mato “maior solidão é a do ser que não ama”. E renove-se a cada segundo numa prova ou num pacto de fidelidade trazendo em si a certeza de "que seja eterno enquanto dure".
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