21/07/2010 - Bafafá
Podem criticar, falar mal e até maldizer meus escritos. Podem repudiar, ignorar e até desfazer das minhas linhas. Podem fazer cara feia, sapatear e até vomitar diante dos meus versos. Faço questão de informar aos descontentes com a minha poética que nada disso vai me impedir de continuar. Continuar a escrever independentemente se vão ou não gostar da minha prosa. Tenho em mim a certeza de que é muito melhor ser lido pelos olhos fundos das gavetas do que pela ignorância que reina por aí.
Escrevo para tentar quebrar a dureza do mundo, para tentar ir mais fundo, para fortalecer a minha crença, para tentar emocionar alguém. Porém, acima de qualquer coisa, escrevo para dar vazão ao que sinto, ao que sou, ao que espero. Escrevo não por capricho, mas porque preciso. É uma necessidade vital, assim como respirar, comer, dormir. Uma necessidade particular que faço questão de dividir com quem se dispõe a compreender o universo do outro.
Por isso, escrevo de forma gratuita. Não quero que paguem por minhas escritas para não correr o risco de alguém se achar no direito de me ordenar a escrever isso ou aquilo. Ao escrever de graça, sou meu patrão. Sou livre, sou verdadeiramente eu, sou poesia. Não devo satisfações ou obrigações a ninguém, tampouco obediência às leis ou regras alheias. O meu mundo é único. Um mundo feito de palavras e sentimentos. Muitos não se sentem confortáveis em meu mundo, outros ainda nem conseguem respirar nele.
Por isso, os incomodados podem se retirar sem constrangimento algum. Afinal, meu mundo vai continuar por muito tempo ainda orbitando entre meus sonhos e minhas estrelas.
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