17/03/2012 - Apreendendo com as nuvens
O céu é uma aula à parte. A resposta que precisamos pode estar bem acima da nossa cabeça. As nuvens são espécies de professoras, de oráculos, de mensagens divinas. São bulas que dizem muito sobre os mistérios do mundo. As nuvens são a prova concreta e diária de que tudo passa. Nós, assim como árvores, animais e as próprias nuvens, estamos aqui na Terra de passagem, como os antigos gostam de dizer. As nuvens demonstram que tudo é passageiro e mutável. Cada hora elas estão de um jeito, adquirindo formatos diferentes.
Ouso dizer que as nuvens se mostram de formas distintas para cada olhar. Ora estão grosseiras ora delicadas. Ora escuras ora alvas. Ora pesadas ora lépidas. Ora carregadas ora soltas. Ora grávidas ora paridas. Ora virgens ora casadas. Ora sacralizadas ora caídas. Ora condensadas ora fragmentadas. Ora abstratas ora figurativas. Ora ao vento ora ao relento. Ora iluminadas ora sombrias. Ora alegres ora chorosas. Ora de algodão ora de chumbo. Ora de inspiração ora de poluição. Ora leitosas ora caudalosas. Ora com pressa ora quase estacionadas.
Quase porque uma nuvem nunca está parada. Por menor sua movimentação, ela esta sempre em movimento. Movimento constante, perene, perpétuo. As nuvens se movimentam desde seu nascimento até sua morte. Podem não ter direção, mas sempre têm um destino. Tamanha semelhança com os humanos, não temo em dizer que as nuvens são espíritos evoluídos. Afinal, além de estarem no chamado céu, alimentam o mundo com as chuvas, além de fornecerem sombra, beleza e ensinamentos.
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