Daniel Campos

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21/09/2013 - Anda daqui, cisca dali, zanza de lá

Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. O rei caiu. O dragão comeu a princesa. O sapo ficou pra sempre sapo. Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. O mundo virou. A terra tremeu. O apocalipse nunca terminou. Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. O cupido flechou. O menino feriu. A menina correu. Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. O vento bateu. A boca calou outra boca. O sino parou.

Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. Fulano maldou. Ciclano esqueceu. Beltrano sumiu. Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. Teve crime na esquina. E ele não chegou para o jantar. E ela esperou com fome na janela. Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. A promessa acendeu. A solidão queimou em feitio de vela. A fantasia se abriu. Anda daqui, cisca dali, zanza de lá.

Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. O cachorro mordeu. A chuva não veio. A semente secou. Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. A lua amarelou. A estrela fugiu com o cometa. Os signos se apaixonaram. Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. A mulher foi pra a beira do rio. O homem foi para o mar. Sal e doce se encontraram. Anda daqui, cisca dali, zanza de lá. O adeus se quebrou. Quem foi, voltou. Quem veio, ficou.


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