Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
21/02/2013 - Acorda Mangueira

Mangueira, acorda Mangueira, cadê o tambor? O silêncio reina soberano na avenida sem o seu fervor, o seu fervor Mangueira. É hora de bater tambor. Tambor verde. Tambor rosa. O trem da fantasia precisa sair da Estação Primeira para o mundo, perdido em desamor e solidão. Está na hora do coração folião fazer a diferença, de Mangueira marcar presença, transformando a cidade num enorme barracão de alegorias e enredos. Que cada corpo branco, preto, mulato seja uma extensão da quadra de Mangueira, de segunda a segunda-feira.

O dia a dia lhe chama, lhe ama e lhe quer Mangueira, sempre Mangueira, toda sonhadora e faceira na rua, no céu, no peito, na cama... É hora de acordar sua história, Mangueira; é hora de fazer valer sua memória, Mangueira; é hora mostrar sua glória, Mangueira... Já passou da hora de arrepiar essa gente que anda cabisbaixa, em baixa com a vida e com alegria. Cadê o samba da Estação Primeira? Cadê Cartola, Cavaquinho, Cachaça, Delegado e outros bambas? Cadê o surdo, o tamborim e o agogô? Cadê Mangueira que ainda não acordou?


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar