25/03/2013 - A vida é a vida
A vida é comovente, engraçada, dramática e apavorante. A vida surge com toques de marxismo, de darwinismo, de freudinismo, de vinicismo. A vida, tão crente, mágica e mística, também é atéia. A vida, mesma cheia de regras, é uma ode à loucura. A vida é feita de ambigüidades, subjetividades, realidades e anti-realidades, além de doses-extras de saudade.
A vida, embora teoricamente limitada, não pode impor limites às emoções. A vida não pode ser micro, superficial e reduzida, mas macro, profunda e ampla. A vida pode ser um monólogo, mas precisa também render espaço aos duetos. A vida é o que é, e também o que não é, tendo um sentido próprio, coletivo e particular ao mesmo tempo.
A vida é o sintoma de que uma força maior nos habita. A vida é um conjunto compartilhado de sonhos e desejos. A vida é o visível, o palpável e também o abstrato e a irracionalidade. A vida é o mundo que existe entre causa e conseqüência, entre certo e errado, entre verdade e mentira, entre céu e inferno. A vida são atos, impulsos, paixões, políticas, canções...
A vida é tamanha, é tanta, embora muitas vezes fique restrita a um umbigo. A vida é a arte da articulação. A vida é o flerte contínuo. A vida é pecado e perdão caminhando lado a lado. A vida é o tempo que não foi abolido. A vida é o ineditismo que se repete diariamente. A vida é o de repente existente entre uma alma e um corpo. A vida é uma obsessão sem remédio.
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