Daniel Campos

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09/02/2010 - A mais bela chegou

Quando ela chega não há mais espaço para desculpas. Sem volteios ou pudores é preciso admitir de uma só vez: a mais bela chegou. Ela, Nefertiti, chegou. Sim, a descendente física ou espiritual da rainha da XVIII dinastia do Antigo Egito tomou forma humana novamente. Assim como na história original, ela chega colocando o mundo aos pés de sua beleza depois de sumir sem deixar pistas. Quando ela chega as perguntas devem ser substituídas por visitas aos floristas.

Ninguém sabe quanto tempo sua nova estada durará. Só são conhecidos seus planos: reinar, reinar, reinar. E ela não precisa de esforço algum para reconquistar seu trono. Joelhos e olhos se curvam diante de seu corpo faraônico. E aqueles que, sem medo da morte, aventurarem-se a chegar mais perto de seu rosto observarão que o lóbulo de sua orelha é furado em dois pontos. Mais do que coroas, tal fato atesta a marca fundamental da realeza egípcia.

Beleza. Carisma. Poder. São esses os três elementos que compõe a coroa de Nefertiti. Pouco se sabe sobre sua origem ou seu destino. Ela é absolutamente presente. E é isso que a faz ser amada, celebrada e adorada mais do que qualquer outra mulher. Diferente de qualquer outra, Nefertiti amou um só Deus. O Deus Sol. Lábios grossos e um olhar aristocrático fazem dela uma fonte de cobiça e prazer. Não é à toa que fortalezas foram erguidas ao longo dos anos para tentar capturar sua beleza.

Não sei quando sumirá de novo. Só sei que é preciso servi-la intensamente antes que se inicie o próximo ciclo de espera.


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