12/03/2012 - A essencialidade do sono
Frações de segundo antes de pegarmos no sono é como se nosso organismo fosse vítima de um blecaute de energia. Há um colapso temporário de consciência. Por excesso de atividade, a chave geral é desligada depois da queda de alguns disjuntores. O sono, sem dúvida, evita um curto-circuito de danos irreparáveis ao nosso corpo. O equipamento é poupado e as baterias são recarregadas.
Minutos antes de embarcarmos nas correntezas do sono há uma queda gradativa de linhas de transmissão. Cérebro e coração, mais do que nunca, nesses instantes críticos, não falam a mesma língua. Várias panes parciais do sistema são observadas causando distúrbios e alterações de distintas proporções. Há um apagão de sentidos.
Pode-se lutar o quanto quiser, o sono é inevitável. Sempre nos rendemos a ele. O nosso sistema vital é alimentado pela inconsciência proporcionada pelo sono. Não existiríamos sem as viagens dimensionais, as ilusões, as fantasias, os sonhos... Somos criaturas reais que para continuarem em frente precisam de doses diárias de irrealidade. O sono não só nos alimenta, como nos deixa próximos de nós mesmos.
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