Daniel Campos

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12/07/2012 - Um presente a Pablo Neruda

Hoje, em homenagem ao aniversário de 108 anos de Pablo Neruda, convido você a viver a poesia de um ativista d'alma. Não quero que saia por aí escrevendo ou lendo ou declamando poemas, mas que tente viver ao menos um Neruda por inteiro. Pode escolher entre os versos líricos e angustiados de Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada e os de cunho político e de características épicas que surgem em Canto Geral. O importante é se alimentar ou se embriagar ou se deitar com um legítimo Neruda sem pensar nas consequências deste ato.

Quando for beijar a boca amada ou amante hoje, coloque versos de Neruda em seus lábios. Quando for denunciar, protestar, levantar uma bandeira que seja com a poesia em carne viva. Encare a guerra cotidiana com a sensibilidade nerudiana. Ah! E se for declarar seu amor hoje a alguém, faça-o escolhendo um dos Cem Sonetos de Amor que Neruda nos ofereceu. Quando for sonhar, que utilize do poeta chileno para fugir da realidade. Quando for voar, abuse da sintaxe da ortografia extremamente livres de Tentativa do Homem Infinito.

Que nessa jornada poética você saiba ser plural, lido por apaixonados, por acadêmicos e por operários com a mesma intensidade. Que como Neruda, sua poesia não se cale por nada. Que seus versos sejam parciais, nem que para isso precisem se tornar clandestinos. Que responda às traições e injustiças com versos, colocando sua poesia a serviço de uma causa maior. Que hoje você seja um pouco do muito que é Pablo Neruda. Afinal, o poeta chileno continua vivo e com imenso poder de transformar pessoas e realidades a partir de sua obra.

Observação do autor: Em Parral (Chile), há 108 anos, nascia Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto, que ganhou o mundo com o pseudônimo Pablo Neruda.


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