Daniel Campos

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18/08/2008 - O artista vai onde o povo está

Chega de cenário artificial e rostos globais. O show de final de ano de Roberto Carlos, se feita sua vontade, será totalmente diferente das edições anteriores. O rei quer se apresentar em uma favela carioca, mais precisamente no Complexo do Alemão. E olha que este conglomerado urbano é formado por nada menos do que 12 favelas. O público, ao contrário de dezenas de convidados famosos, será formado por mais de 100 mil pessoas que são retrato do Brasil que se acha nas ruas.

Roberto é uma das últimas lendas vivas. E nada mais justo que um grande número de pessoas, independentemente da classe social, tenham direito de vê-lo ao vivo e em cores. Já imagino o rei, vestido de azul e branco, cantando: "eu te proponho, nós nos amarmos, nos entregarmos, neste momento, tudo lá fora, deixar ficar"... E o público enlouquecido, entregando-se à magia do eterno jovem guarda. Ao final das muitas emoções, o rei jogaria rosas à platéia, levando poesia a quem sofre com um país tão desigual.

E os Joões e Marias se beijariam e se amariam num amor sem limite. Um homem enxugaria os olhos e se lembraria das curvas da estrada de santos. Uma mulher sorriria lembrando dos amores que passaram pela sua vida em tantos detalhes. Os meninos, que estão acostumados a ouvir a música do morro, encantar-se-iam com o amor robertiano. Os corações bateriam a 100, 120, 150 km por hora. E por falar em velocidade, deixa-me correr e garantir um bom lugar lá no Alemão. Roberto, ai vou eu!


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