Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
23/09/2012 - No rastro de Oxóssi

A estrada nunca é longa para um filho de Oxóssi. Enquanto muitos seguem a pé, ele vai a cavalo. Segue no galope selvagem dos cavalos de Oxóssi. Segue escoltado pelos caboclos do senhor da floresta. Òké Caboclo, Òké Aro Oxóssi, Arolé. O corpo do filho de Oxóssi não cansa, segue sua caça sem parar, sem desistir, sem se entregar. E a caça pode ser um bicho, um amor, um sonho, uma estrela. Não há caminho que não possa ser seguido por um filho de Oxóssi.

Entre o céu azul turquesa e a mata verde, é por aí que vai que o filho de Oxóssi. Sempre dão um jeito de se locomover, de ir em frente, de fazer valer a semente. Passam pela luta em nome da sobrevivência diária com leveza e elegância. Nem sol, nem água, nem animal, nem feiticeira, nem homem, nada se move na floresta sem permissão de Oxóssi. Seus filhos caminham seguindo seu rastro, pois à frente sempre está o senhor da riqueza e da fartura.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar