Daniel Campos

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07/12/2011 - Não e não e não

Não me peça, não me mande, não me obrigue. Não me diga não nem sim muito menos talvez. Não me aborreça, não teime, não ligue. Não me fale o que devo ou não fazer. Não me dite, não me irrite, não me faça convite. Não me espere e não me atrase. Não me deixe e não se vá. Não leve e não traga. Não mie e não lata. Não moa e não remoa. Não me renda e não me faça oferenda. Não me obrigue e não peça licença.

Não pense em mim. Não reze por mim. Não se lembre de mim. Não me ofereça comida. Não me levante um brinde. Não abuse nem use meu nome. Não me traia e também não caia por minha causa. Não brigue, não me vingue, não me provoque. Não me sufoque, não me toque, não me doa. Não me tinja, não me restrinja, não me induza. Não me iluda, não me pode, não me puna. Não me enlouqueça, tampouco me esqueça.

Não me oprima, não me redima, não me perdoe. Não me zangue, não me copie, não me queime. Não me faça perder ou ganhar. Não influencie. Não penitencie. Não sentencie. Não me prenda e não me solte. Não me leia e não me escreva. Não me feche ou abre a porta. Não me compre nem me venda. Não me grite e não me dê palpite. Não me acate e não me desacate. Não transforme o meu não em quem sabe ou nunca ou em outro não.


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