Daniel Campos

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13/02/2013 - Nada de nada

Nada aqui, nada ali, nada lá ou em lugar algum. Nada em tudo e em todos. Nada a dizer, nada a fazer, nada a acontecer, nada a perguntar ou responder. Nada de novo. Nada de certo. Nada de seguro. Nada de sonho. Nada de estreia. Nada de aplauso. Nada de vaia. Nada de plateia. Nada de som. Nada de coisa alguma. Nada de calor. Nada de frio. Nada de horário. Nada de sono. Nada de colheita. Nada de energia. Nada de presente. Nada de alta. Nada de baixa. Nada de reunião. Nada de fome. Nada de abraço. Nada de facilidade. Nada de chuva. Nada de sol. Nada de champanhe. Nada de saudade.

Nada de esperança. Nada de praia. Nada de chegada. Nada de partida. Nada de oi, de olá, de adeus. Nada de aceno. Nada de compromisso. Nada de movimento. Nada de trânsito. Nada de folga. Nada de salário. Nada de céu. Nada de inferno. Nada de música. Nada de dança. Nada de circo. Nada de pão. Nada de beijo. Nada de coração. Nada de oferenda. Nada de visita. Nada de trabalho. Nada de calendário. Nada de reza. Nada de sombra. Nada de parto. Nada de cama. Nada de receita. Nada de fim. Nada de mudança. Nada de telefonema. Nada de sentença. Nada de riso. Nada de poema.


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