Daniel Campos

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01/08/2016 - Dia cinzento

Meu dia amanheceu cinza. Nem preto nem branco, mas cinza. Um cinza monocromático sem graça, melancólico, desanimador por si só. As pessoas passavam cinzas, as árvores balançavam cinzas, os carros iam e vinham cinzas. Tudo acinzentado, pesado, amargurado. E então você chegou e feito broto que quebra o concreto todo o cinza ruiu. Como uma explosão causada por seus olhos verdes atômicos o meu mundo novamente se coloriu. Nem mesmo as pedras restaram cinzas, tornando-se quartos verdes, rosas e cristais. As árvores verdejaram. Os rios azularam. E o sol não amarelou, pelo contrário, avermelhou como seus cabelos trazendo o fogo da vida novamente ao meu planeta, que sem você era de um cinza de fazer careta.


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