Daniel Campos

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14/12/2013 - De quando em quando

Quando chega com esses olhos fundos de mar, sou pirata. Quando sobe no palco, sou aplauso. Quando anda, sou labirinto. Quando vem nas pontas de uma estrela, sou astronauta. Quando aparece e enlouquece, sou camisa de força. Quando estende as lonas da ilusão, sou trapezista. Quando se fecha em pétalas, sou florista. Quando se deita, sou caçador de bicho papão. Quando toma conta de tudo, sou só entrega. Quando fala de tempo, sou irracional. Quando fala de amor, sou do signo de coração.

Quando dança pelo vento, sou catavento. Quando se move, sou girassol. Quando some pelo dia, sou detetive passional. Quando me mostra as garras, sou presa fácil. Quando perde o juízo, sou casamenteiro. Quando se levanta toda boneca, sou só encanto. Quando seu perfume me encontra, sou êxtase. Quando faz do meu mundo seu conto de fadas, sou o próprio final feliz. Quando seu dia casa com meu dia, sou poeta. Quando acende, sou parafina chorando sua beleza. Quando respira, sou vivo.


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