Daniel Campos

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10/12/2010 - Daqui a alguns dias

Daqui a alguns dias eu, poeta do acaso, vou encontrá-la jovem, febril de novas ideias, numa arte que não é exposta em museus. Vou encontrá-la de modo a fazer surpreender os mais viajados. Vou encontrá-la à beira-rio, numa poética noturna e efervescente em todo canto de seu corpo, em constante e permanente urbanização. Vou encontrá-la de um jeito que nem mesmo o maior dos artistas é capaz de criar. Vou encontrá-la quente, metropolitana, underground, independente, vanguardista e corajosa como nunca dantes.

Daqui a alguns dias eu, a sua jura de amor infinda, vou encontrá-la transpirando paixão e liberdade. Vou encontrá-la em meio a sua verdadeira identidade vindo à luz. Vou encontrá-la fonte de tendências mil. Vou encontrá-la festeira e amigável, mas sempre propensa a um soninho direto nos braços amados. Vou encontrá-la fora de temporada, pagando apenas pelo que consome. Vou encontrá-la bombardeada pelas forças de um sonho maior. Vou encontrá-la pagã e mística, como uma feiticeira hi tech.

Daqui a alguns dias eu, cavaleiro da lua, vou encontrá-la deixando-me levar pelos seus passos. Vou encontrá-la mitológica, com novas histórias e lendas. Vou encontrá-la numa nova posição física, astral, mental, espiritual. Vou encontrá-la deixando o que passou para trás e querendo saber o hoje e o amanhã. Vou encontrá-la para lá de interessante, referência para o amor que não cabe nos manuais. Vou encontrá-la delirante e infernal, como o paraíso descrito pelos anjos que sempre habitaram seus olhos.


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