Daniel Campos

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30/07/2013 - Cruzas

Cruza pernas. Cruza avenidas. Cruza olhares. Cruza linhas. Cruza estradas. Cruza sexos. Cruza previsões. Cruza cruzes. Cruza depoimentos. Cruza ruas. Cruza intenções. Cruza corpos. Cruza bichos. Cruza asas. Cruza impulsos. Cruza mapas. Cruza passos. Cruza obedecendo ou não a um sinal convencionado. Cruza mirando outras cruzas. Cruza urbanidades. Cruza medos. Cruza ajudas. Cruza correntes de força. Cruza pensamentos. Cruza imagens. Cruza versos. Cruza casas com botões. Cruza flores. Cruza temperos. Cruza línguas em beijos e sotaques.

Cruza num ato contínuo de cruzar. Cruza se permitindo ser cruzado. Cruza estrelas com buracos negros. Cruza fronteiras. Cruza tempos de relógio e de chuva. Cruza diagnósticos. Cruza e abusa das cruzadas. Cruza chegando ou se despedindo. Cruza de forma lírica. Cruza de forma inesperada. Cruza de forma intencional. Cruza no ponto exato sem que fosse preciso calcular nada. Cruza às vezes e sempre. Cruza sentidos. Cruza sons. Cruza planos proibidos ou não. Cruza sonhos, esperanças, amores. Cruza a barreira entre ficção e realidade.


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