Daniel Campos

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11/09/2015 - Ciranda de lavanda

Ciranda, pequena, cai na minha roda e não se apequena, gira daqui, mira dali, e acerta meu peito com seus olhos flechados de lira. Anda como quem dança. Alcança o céu como criança. Filha de Luanda, de Ruanda, de Uganda, de Aruanda. Dona dos ventos que movem os moinhos da Holanda. Afina o meu coração no ritmo da sua banda. Danda, samba, ganda, ciranda no barracão dos meus olhos que forram o seu chão. Ciranda, dando de banda pra solidão. Manda seu passo, indica seu paradeiro, pontilha meu caminho com seu destino por inteiro. Abranda a minha vida com sua ciranda e deixa-me flertar com você da minha varanda. Ciranda e faz propaganda de que como anda pelo meu corpo num sopro de lavanda.


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