Daniel Campos

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23/03/2010 - Ayrton Senna, o mais novo cinqüentão

No último domingo, se não fosse pelo choque de sua Willians FW16 com a curva Tamburello, Ayrton Senna da Silva teria completado 50 anos de vida. O piloto chegaria a essa idade emblemática justamente na temporada em que a F-1 comemora seus 60 anos de existência.

Por coincidência, seu qüinquagésimo aniversário cairia num domingo, dia em que o brasileiro se acostumou a viver vitórias impossíveis, empunhar a bandeira verde-amarela e cantar o hino nacional. Dia de um país explorado e desacreditado mostrar ao mundo que vencia no braço.

Seria uma festa e tanto. Porém, domingo não teve corrida. O circo da Fórmula-1 está com suas lonas desmontadas. Ironicamente, o aniversário de um dos principais pilotos da história foi lembrado com os motores calados. Para aqueles que comemoraram no domingo o dia da poesia, sinal de luto.

Difícil imaginar como seria o Senna cinqüentão. Certamente, o que se pode afirmar é que a história do automobilismo seria diferente. Michael Schumacher não teria conquistado seus títulos com tanta facilidade, Prost teria voltado para um novo desafio e o Brasil não estaria a 19 anos sem comemorar um campeonato de Fórmula-1.

Quase dezesseis anos depois da tragédia em San Marino, o nome Ayrton Senna ainda impõe respeito dentro das pistas e movimenta milhões de reais fora delas. Produtos em alusão ao aniversário somam-se a outros itens da marca Senna, fortalecendo a imagem de alguém que insiste em vencer a própria morte.

Aliás, se é verdade que gênios como Senna nascem somente de 100 em 100 anos, ainda falta metade do caminho para o mundo dar boas-vindas a um novo Ayrton.


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